Sabe quando todo o seu esforço parece não valer de nada? Pelo menos naquele momento.

Quando o que você menos esperava acontece? Logo depois de você ter plena certeza da sua capacidade. É como um balde água fria no seu fervoroso ânimo.

Recentemente aconteceu isso em uma matéria da ETEC, a que eu menos esperava. Senti um pouco de maldade na minha avaliação? Talvez. É isso que sinto até o momento. Fazendo uma breve análise do aprendi até o agora, tanto na área profissional, quanto na área pessoal, pude ter certeza de que muitas das vezes o nosso trabalho não precisa ser o perfeito, maravilhoso, bem quisto e visto por outros, mas sim por nós. Eu tenho uma mania de querer tudo perfeito e por conta disso acabo perdendo o prazo de muita coisa. Tenho aprendido a ter perfeição quando necessário e praticidade quando solicitado. Na área de criação sempre tem o cliente que deseja tudo para ontem, ele não visa qualidade, apenas a entrega do serviço, ele não liga para conceito, para o tempo que é levado para fazer algum trabalho, ele simplesmente quer o trabalho pronto, mas as pessoas não têm consciência do quanto isso é difícil para mim, eu não sei e não sirvo para fazer este tipo de serviço, já que prezo pela qualidade dos meus trabalhos, viso todos como uma forma de divulgação da minha técnica e tempo de estudo. Estou dizendo isso porque foi a justificativa da minha professora, ela disse que eu deixei o trabalho para a última hora, que não havia qualidade nas minhas fotografias (sim, era a matéria de fotografia L ) e apontou mais alguns erros. Na hora eu desejei soca-la, já que a mesma tinha visto o meu esforço, tudo aquilo que eu tinha feito, ela tinha acompanhado as minhas inúmeras e caras tentativas de fotografia de alimento, mas mesmo assim preferiu dizer isso. Fazer o que né?

Durante dias fiquei pensando e reverberando este assunto dentro de mim.

“PORRA, A MATÉRIA QUE EU MAIS ESTAVA ANSIOSO E QUE EU TINHA CERTEZA DA MINHA NOTA MÁXIMA, ACABOU ME DERRUBANDO E FAZENDO COM QUE EU TIRASSE A PIOR NOTA NA MINHA VIDA ACADÊMICA”

Não digo que foi excesso de confiança, jamais! Tento tratar todas as matérias da mesma forma, com o máximo de coerência, visando sempre uma nota e aprendizado bom. Eu fiquei pensando sobre isso, sobre o que eu deveria ter feito, será que se eu tivesse tido um pouco mais de capricho, se eu tivesse refeito todas as fotos, se eu tivesse estudado além daquilo, se eu tivesse demonstrado as fotografias para pessoas que entendessem mais sobre o assunto, até que cheguei ao ponto de parar e pensar:

“POR QUE ESTOU ME COBRANDO TANTO?”

Assisti um vídeo da Jout Jout em que ela falava indiretamente sobre esse assunto, ela dizia que temos a mania de ficar justificado as coisas, ficamos querendo achar uma desculpa ou culpado, quando na verdade devemos dizer o que sentimos, que no final das contas é um só.

Confesso que não é fácil conseguir parar de pensar em tudo que acontece de bom e ruim, e muito menos parar de fazer essa análise dos fatos buscando uma nova saída.

Depois dessas semanas de pensamento cheguei à conclusão de que não vale a pena ficar buscando soluções para problemas que já se passaram, o que vale mesmo é juntar tudo o que aprendemos durante essa “treta” e fazermos da nossa vida algo melhor, afinal, nunca nada será fácil, pelo menos o que sonhamos. Tenha sempre essa frase em mente. Acredito que não devemos juntar inimigos ou pessoas que não gostam do nosso modo de trabalhar ou aprender, acredito que devemos refletir sobre os nossos erros e fazer deles acertos, não buscando a perfeição, mas sim a conquista da nossa autossatisfação.