"O SHOW DE TRUMAN" E UMA ANALOGIA SOBRE AS TEORIAS DA COMUNICAÇÃO

08:51:00


Antes de mais nada, gostaria de agradecer aos acessos do blog, estão crescendo cada vez mais, mesmo com eu postando com pouca frequência, creio que quando as férias chegarem as coisas tomem um rumo certo, estou no final do semestre, então vocês imaginem como estou, correndo mais que tudo.

ESTE TEXTO CONTÉM SPOILERS


Há duas semanas um dos meus professores começou a explicar sobre os meios de comunicação, industria cultural e todas essas áreas que a galera de esquerda já está acostumada. Depois de ter explicado toda a teoria ele passou um filme chamado "O SHOW DE TRUMAN" , este filme é simplesmente SENSACIONAL, logo após ele pediu para elaborarmos uma analogia entre o filme e o que ele relatou. Resolvi abrir o meu trabalho aqui para vocês, porque está mais que nítido que eu sou envolvido com todas as causas possíveis, enfim, resolvi manter o texto em sua forma original (não gosto de ficar reescrevendo o texto, acho que perde a essência daquele momento), até mesmo com os seus erros ortográficos, só sei disso porque fui mostrar para a minha professora de português. Espero que gostem e quem não assistiu o filme, ASSISTA! O melhor filme sobre a sociedade. Então vamos ao texto.

"Já pensou em uma infância perfeita? Um trabalho perfeito? Amizades perfeitas? Uma família perfeita? Um carro perfeito? Uma cidade perfeita? Um país perfeito? Um mundo perfeito?

      Pode ser que nas duas primeiras perguntas você até concordou comigo, mas a partir da terceira você pode ter pensado:

“AÍ JÁ É DEMAIS, NÉ?”

      Pois é, tudo era perfeito para Truman, personagem vivido por Jim Carrey em “ O SHOW DE TRUMAN”, eu fiquei pensando neste filme e pude ver o quão perturbador a nossa vida pode ser. Esse ideal de tudo perfeito, está mais longe do que pensamos. A ideia principal do filme é de demonstrar como é a vida de uma pessoa que nasceu com milhões de pessoas vendo e teve a sua vida toda televisionada.

      Sabe aquele dia em que você quer ou some de todo mundo? Pois é, Truman não tinha isso.

      Fui procurar um pouco mais sobre o filme, porque ele é muito direto em suas ideias e eu sempre insisto em acreditar que sempre há algo à mais em filmes, mais do que é mostrado ali.

      Fazendo uma análise deste filme que foi lançado em 1998, quando a internet não era tão acessível assim ou que as pessoas não tinham o interesse descarado na vida dos outros, pude perceber que aquele filme de 1998 foi uma visão nítida do que vivemos hoje, SOMOS UM OBJETO!

      Sempre o pensamento diferente de tudo o que foi me ofertado, e pude perceber que hoje, as coisas não são tão fáceis para quem pensa fora da Industria Cultural, que é a mesma que foi criada com o intuito de distrair e trazer diversão aos seus espectadores, mas se engana quem pensa que ela foi criada agora, muito pelo contrário, durante a Roma antiga ela já era usada, com as famosas arenas, em que gladiadores (pessoas que foram pegas como escravos e que eram obrigados a estarem lá) lutavam pela sua própria vida e durante este “maravilhoso” espetáculo eles distribuíam pães para o povo, pense um pouco à respeito, isso aconteceu com Truman de uma forma menos sangrenta, ele tinha pais falsos, amigos falsos, um vida totalmente falsa, mas que para ela era verdadeira, porque ele era real.

      A parte que mais me chamou a atenção durante o filme, é de quando seu melhor amigo, vivido pelo ator Noah Emmerich, diz que nunca mentiria para ele, de fato uma cena comovente, se eu não soubesse que está sendo pago para isso.

      Aproveitando a deixa, vamos falar de outros personagens, durante a sua adolescência Truman se apaixona por uma linda garota, que em um determinado momento não aguenta mais saber que aquilo é uma grande mentira e ficar quieta, ela resolve abrir o jogo com Truman, coisa que não deu muito certo, já que a retiraram do “reality”, só que tudo isso aí se encaixa na manipulação de massa, onde uma de suas regras é fazer aquilo que o mercado pede, logo, Truman não poderia saber que tudo aquilo era mentira. E dali em diante Truman fica com um pé atrás em relação à tudo e principalmente com as pessoas que o cercam.

      Em uma tentativa desesperada de tentar encontrar essa garota, Truman resolve ir até de encontro à sua amada, e é claro que eles (produtores) não deixariam isso acontecer, ele tenta ir de carro e uma indústria de química explode, ele resolve ir de ônibus e o motor do ônibus quebra, apesar de viver sempre a mesma coisa, encontrar as mesmas pessoas diariamente, Truman percebia essas certa redundância em sua vida, e que tudo era quase sempre a mesma coisa, as posições diante das pessoas era a mesma, a forma de como a sua mulher falava dos produtos que ela usava, era sempre  a mesma, tudo sempre a mesma coisa.

      Durante as minhas pesquisas para elaboração e enriquecimento deste trabalho, encontrei um grupo que utiliza destes artifícios da indústria para viver uma vida totalmente diferente da que nós vivemos, quando digo nós, estou se referindo à mim também, já que eu tenho que trabalhar em escritório, pegar trem, me controlar para não ir à falência, eles são chamados de nômades digitais, levando ao pé da letra, são pessoas que não precisam de um local fixo para ter uma vida normal, e por incrível que pareça, grande porcentagem desses nômades são publicitários, pessoas que mexem com o marketing, um dos ideais deles é de que você pode ser bem-sucedido trabalhando em qualquer lugar do mundo, pode ser em uma praia? Pode! No meio do mato? Pode! Basta estar conectado com a internet. Eles criam todo tipo de publicidade nos lugares em que nós menos imaginamos, eles buscam por novos métodos de utilizar da Teoria Crítica, criada pela escola de Frankfurt, toda essa teoria é constatada no filme, podemos ver que  todos os três pontos indicados pela teoria é visto à todo momento do filme, seja a mulher de Truman falando sobre o aparador de grama ( Fetichismo ), no bar cheio de pessoas assistindo ao show ( Alienação ) ou até nos bonequinhos criados para comércio ( reificação ).

      Fato é que vivemos um grande show de Truman diariamente, dificilmente você irá fazer algo por que gosta, irá ter uma vida diferente da dos outros, estamos ligados diariamente um aos outros e com a chegada da tecnologia isso ficou cada vez mais difícil, com a chegada das redes sociais, podemos constatar isso cada vez mais, não estamos sozinhos em lugar nenhum, em todo local ela está lá, nos espionando, e a pergunta que ficou na minha cabeça foi:

“Quanto vale a vida alheia?”

      E se você gostaria de saber como foi o final do filme, comece a reler o texto que você saberá."

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2 comentários

  1. adorei o texto. vou conferir esse filme.
    Realmente somos objetos de uma sociedade que tem como principal objetivo o valor 'material' do que sentimental.. Não sei mais onde vamos parar assim.
    Beijos ;*
    arisecondo.blogspot.com.br

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